A Mãe Paula e o mano vieram à festa de anos.
Parabéns ao Afonso à Mãe e ao Pai.
A equipa da Intervenção Precoce vieram à nossa sala contar uma história que falava da importância das mãos.
Com mãos fizemos, digitinta e pintura de sopro.
Depois ouvimos um poema, que a professora leu, quando formos grandes vamos recordar e nessa altura vamos perceber.
-A professora diz que acredita que quando crescermos vamos perceber, agora não porque somos pequenos, agora só sabemos que a história dizia que as mãos não servem para bater e o pés não servem para dar pontapés. (Diogo)
-E temos que ser amigos. (Tomás)
As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967